O Dia de Ação de Graças, um feriado oficial, é comemorado na quarta quinta-feira de novembro. Neste dia, pessoas de todas as religiões dão graças pelas bênçãos recebidas. As famílias se reúnem para comemorar o dia à mesa, para uma ceia em que peru, cranberries, arroz, batatas doces, e torta de abóbora estão entre os pratos mais tradicionais e a cidra de maçã, entre as bebidas favoritas. Organizações de caridade servem jantares de Ação de Graças aos necessitados, idosos e convalescentes. Neste dia, a Cidade de Nova York tem um desfile no qual o Papai Noel aparece, anunciando a estação natalina.
Quase todas a culturas no mundo já festejaram colheitas fartas. O feriado de Ação de Graças americano começou como uma festa de ação de graças nos primeiros dias das colônias americanas há quase quatrocentos anos.
Em 1620, um barco com mais de cem peregrinos cruzou o Oceano Atlântico para assentá-los no Novo Mundo. Esse grupo religioso havia começado a questionar as crenças da Igreja Anglicana e queria se separar dela. Os peregrinos se assentaram no que agora é conhecido como o Estado de Massachussetts. Seu primeiro inverno no Novo Mundo foi difícil. Eles chegaram muito tarde para obterem muitas colheitas e, sem comida fresca, metade da colônia morreu de doenças. Na primavera seguinte, os índios iroquois os ensinaram a cultivar o milho, um novo alimento para os peregrinos. Mostraram também outros cultivos próprios para o solo desconhecido, além de como caçar e pescar.
No outono de 1621, safras fartas de milhos, cevada, feijões e abóboras foram colhidas. Os colonos tinham muito o que agradecer, então uma festa foi planejada. Eles convidaram os chefe indígenas locais e mais 90 índios. Os índios trouxeram cervos para assar com os perus e outras caças oferecidas pelos colonos. Os colonos aprenderam com os índios a cozinhar cranberries e diferentes pratos de milho e abóbora. Para esse primeiro Dia de Ação de Graças, os índios trouxeram até pipoca.
Nos anos que se seguiram, muitos dos colonos originais celebraram a colheita de outono com festas de agradecimento. Depois que os Estados Unidos se tornaram um país independente, o Congresso recomendou um dia anual de ação de graças para toda a nação celebrar. George Washington sugeriu 26 de novembro como Dia de Ação de Graças. Mais tarde, em 1863, ao fim de uma guerra civil longa, Abraham Lincoln pediu que todos os americanos reservassem a última quinta-feira de novembro como o dia de ação de graças.
Símbolos de Ação de Graças
O peru, o milho, as abóboras e o molho de cranberry são símbolos que representam o primeiro Dia de Ação de Graças. Agora todos esses símbolos estão presentes em decorações e cartões celebrando a data. O uso do milho representou a sobrevivência das colônias. O “milho indígena” como decoração de mesa ou porta representa a colheita e o outono.
O molho agridoce de cranberry, ou a geleia de cranberry estava na primeira mesa de Ação de Graças e é servido até hoje. O cranberry é uma frutinha pequena e amarga. Ela cresce em terras pantanosas ou lamacentas em Massachussetts e outros Estados da Nova Inglaterra.
Em 1988, uma cerimônia de Ação de Graças diferente aconteceu na Catedral de St. John the Divine. Mais de quatro mil pessoas se reuniram na noite de Ação de Graças. Entre eles, indígenas representando as tribos de todo o país e descendentes de imigrantes que vieram para o Novo Mundo. A cerimônia foi um reconhecimento público do papel fundamental dos índios no primeiro Dia de Ação de Graças 350 antes. Até pouco tempo atrás, muitas crianças acreditavam que os Peregrinos haviam preparado todos os alimentos e oferecido aos índios. De fato, a festa foi planejada para agradecer aos índios por terem ensinado os colonos a cozinhar tais alimentos. Sem os índios, os primeiros colonos não teriam sobrevivido.
Fonte: Embaixada e Consulado dos Estados Unidos no Brasil